Gene Keys

O puzzle das 64 peças

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Evitamos o vazio. Temos medo do vazio. Podemos passar uma vida inteira a olhar para fora, a encontrar coisas infinitas para fazer, metas a alcançar, pessoas para salvar, e continuaremos com a sensação de estarmos perdidos, deslocados. Porque nos separámos do Todo, porque caímos do paraíso, porque a Casa ficou para trás. Vivemos uma vida definida pela agenda, por tudo o que deve ser feito para que toda a vida tenha um sentido. E vivemos nessa ilusão do fazer, por medo. Estamos destinados a nos desiludirmos profundamente com o exterior para ganhar norte, para nos orientarmos, para nos virarmos para dentro. Ver os 99% que nos habita dentro, virar os olhos para dentro. Aprender que é seguro ter medo. Aprender que é seguro Ser. Aprender a ser água, permitir abrir o coração à vida, que ela ressoe em nós, que nos penetre. Vamos recebendo ecos daquela que é a nossa verdadeira consciência, e as sincronicidades acontecem. Basta Ser. Richard Rudd @genekeys diz-nos várias vezes: “as pessoas não precisam de ajuda, precisam de amor”. E é esta a cola que tudo une, que nos remembra no Todo, que nos faz sentir em Casa, de volta a Casa, de volta à Unidade. Voltarmos a Ser Um com o Todo. Não cometemos erros, está tudo certo! Há um plano, um programa, somos todos cúmplices uns dos outros, mesmo sem saber. A vida dá-nos tudo, só precisamos de aprender a escutar a campainha que toca na nossa casa, no nosso coração. Este é o convite de transformação da sombra da deslocação à siddhi da unidade, pelo caminho da orientação.


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A gene key 3 convida-nos à transformação da sombra do caos à siddhi da inocência, através do caminho da inovação. A sombra do caos, pode ser sentida tanto como caos interno, tanto pelos nossos medos, preocupações, pensamentos, como externo, já que tudo o que nos rodeia, nos afeta. Nós temos medo do caos, medo da mudança, apesar de estarmos desenhados para isso mesmo. O caminho é abraçar o caos, sabendo que é o princípio de tudo, incluindo o cosmos. É uma chave que nos convida a contemplar a criança. Metaforicamente, sabem aquele momento em que entramos num quarto e só vemos o caos? Os brinquedos, as roupas, a cama por fazer? E a criança ali no meio tranquila no seu jogo de faz-de-conta? O dom da inovação convida-nos a encontrar alguma coerência no caos, e ir percebendo que não somos nenhum dos fatos que vestimos. Hoje cavaleiro, amanhã princesa, a fada ou o rei. Chegar à inocência é voltar a ver o mundo através dos olhos da criança, que sabe que pode vestir fatos de qualquer personagem e mudar facilmente por saber que não é nenhuma delas. É um convite a aliviar a seriedade com que levamos a vida, a possibilidade de transformação pessoal, da inovação criativa, resgatar sonhos, mudar de vida.


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Posso desafiar-vos? Desafiar-vos a um diálogo interno, honesto? Não o precisam de partilhar com ninguém. Quanto da nossa vida não é verdadeiramente nossa? Onde nos perdemos a repetir padrões com os quais não ressoamos? Quanto fazemos por medo do que possam pensar sobre nós, quão agarrados estamos à ilusão da imagem que pensamos que têm de nós? Honestamente. O que fazemos como os outros, ou quanto deixamos de fazer por medo de ser como todos os outros? Cada recanto desses é manifestação da sombra da mediocridade, assente neste dilema da imitação. É quando largamos essas definições, essas caixas onde nos enfiamos, que podemos reconhecer o nosso estilo. E não se trata de escolher um estilo, não. Não é uma moda, nem uma tendência. O dom do estilo é sobre ser quem somos, sobre a nossa essência, e manifesta-se espontaneamente. É uma frequência onde pensamos livres, onde contagiamos quem nos rodeia por essa coragem de assumir a nossa rebeldia, de sair da nossa zona de conforto. Como quem dança quando ninguém está a assistir, mas no palco da vida. Daqui à essência divina que nos habita, vai um gesto de resgate do nosso poder pessoal, da afirmação desse compromisso em sermos simplesmente quem somos. Daqui surge uma fonte inesgotável de energia e de mudanças constantes, de tal forma potente que nada nos pode parar. Somos livres. Delicadamente poderosos como a água, que sabe que tudo pode. Esta é a proposta de transformação da sombra da mediocridade à siddhi da delicadeza, pelo caminho do estilo.


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A vaidade é o primeiro vício humano, e a última sombra que deixamos. O dilema da sombra da vaidade é a solidão. Por um lado queremos estar sozinhos, mas por outro ansiamos por fazer parte de algo, de um grupo. A vaidade é uma sombra interna, na realidade. Temos medo que alguém nos possa tirar a nossa liberdade ou a nossa independência, baseado na falsa crença de que existe individualidade. Para nos proteger-nos, damos acesso curto e controlado a que nos cheguem ao coração. Salvar os outros, intitularmo-nos salvadores, é um mecanismo para fugir do nosso próprio sofrimento e da nossa dor. O dom da discriminação fala-nos na capacidade de distinguir o que é do que não é. A única forma para o sabermos é abrir o coração, render à vida e permitir que todas as feridas e emoções entrem no nosso ser. Este é o nosso maior medo, mas quando aprendemos a discriminar, damo-nos conta de que ninguém pode tocar a pureza do nosso coração. Que não queremos estar sozinhos, que nunca quisemos. A discriminação permite-nos saber quem e o que é saudável ter na nossa vida. É a arte de amar as coisas e as pessoas que nos fazem bem. A pureza manifesta-se quando o que sentimos, pensamos e fazemos se encontram alinhados. Na pureza, damo-nos conta de que o que todos os corações procuram é a pureza de outro coração. Este é o convite de transformação da sombra da vaidade à siddhi da pureza, pelo caminho da discriminação.


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A aridez é um deserto. É a ausência de vida, de movimento. Sentimo-nos secos, estagnados, estanques. É o medo do ordinário da vida, é a falta de polaridade, são os ciclos repetitivos, vividos à exaustão. É a música da Macarena que não termina nunca mais. Mas a verdade é que duas pessoas podem ter experiências iguais e vivenciar tudo isso de forma completamente diferente. Então, o que difere? A nossa atitude, e isso remete-nos para esta primeira lei da magia. A nossa experiência espelha a atitude, e revela o nosso nível de consciência a cada momento. O magnetismo é o dom de nos reconectarmos com o pulsar da terra mãe, com o bater do coração, ajustar com os pulsos, os ritmos e os tempos do planeta. Lembrar que somos parte deste ser vivo, que somos uma das suas múltiplas expressões. Somos a consciência da terra, e a clareza chega-nos quando nos movemos com calma no mundo. É lembrar que um copo vazio, pode ser um copo cheio de potencial, e esta é a lei da atração. O dom do magnetismo não vê divisão entre o mundo mundano e o místico, pois sabe que os desafios do dia-a-dia representam uma oportunidade de transformação pessoal. Florescer representa o resultado dessa transformação. Tornamo-nos magnéticos de pessoas que procuram o mesmo magnetismo. Quanto mais confortáveis estamos com quem somos, mais próximos estamos dessa frequência. Florescer é um estado de graça. É um estado divino. E o divino passa por nós, diariamente, em forma de humano. Profundamente humano. Este é o convite de transformação da sombra da aridez, à siddhi do florescimento, pelo caminho do magnetismo.


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Mais uma forma de nos protegermos, pensamos nós. Sempre que desvalorizamos, que nos blindamos para que não nos consiga afetar, quando cavamos um fosso, quando gritamos que nem queremos saber. No calão que fazemos questão de partilhar nas redes: hashtag caguei. A indiferença mecânica, fria. Tão fria que nos torna inertes. Na indiferença, de cada vez que a vida nos oferece uma oportunidade, ou não temos energia para a agarrar, ou achamos que ela está contra nós. Enquanto formos indiferentes, não podemos ser diferentes. No dom da versatilidade resgatamos o talento do que era técnica, pelo fogo do entusiasmo. É nele que reconhecemos a nossa capacidade de ir sempre um pouco mais além, de termos sempre um pouco mais para colocar ao serviço. O entusiasmo aquece, faz mover, descongela, transforma, traz o novo e o diferente. Basta-nos sentir, para saber, que talentos temos em nós. O entusiasmo move montanhas. Os talentos tornam-se maestria, são partilhados, conjugados com outros, com o Todo, ao serviço. São habilidades mágicas, é a magia do nosso fazer, que torna tudo próspero. Um dia, quando menos esperarmos, somos chamados a servir. Que possamos estar prontos, porque os milagres acontecem, e ninguém lhes fica indiferente. Este é o convite de transformação da sombra da indiferença à siddhi da maestria, pelo caminho da versatilidade.